Leo Historia
Diversas correntes européias, de caráter nacionalista e colonialista da época abraçaram essa idéia, mas nenhuma outra com a ênfase e alcance emprestado pelo Partido Nazista da Alemanha. Estes aliaram ao conceito de raça ariana o de sua suposta superioridade, procurando deste modo justificar seus postulados racistas e militaristas.
O mito da superioridade racial germânica, exaltado erroneamente pelo nazismo através da equivocada associação com uma suposta raça ariana, segundo Phillip Wayne Powell Hate, teve início na Alemanha do século XV, quando os germânicos começaram a se ressentir do fato milenar dos italianos olharem para eles com desdém, como um povo inferior e atrasado.
Durante o século XV e início do XVI, um poderoso surto de patriotismo germânico foi estimulado pelo desdém dos italianos pela “inferioridade e barbarismo” germânicos, o que levou a uma reação contrária de humanistas alemães a exaltar qualidades germânicas.
Desde a era romana até o entre guerras após a Primeira Guerra Mundial, muitos foram os fatores que fizeram o povo alemão ser seguidamente humilhado.
Nenhuma raça sofreu mais com complexo de inferioridade que o alemão. O nacional socialismo foi um “método de Coué” para converter este complexo de inferioridade em um senso de superioridade.
Esta noção de superioridade italiana e desdém aos alemães como inferiores (que perdura até hoje) é resquício direto da mesma visão que tinham os romanos e gregos, que inclusive acreditavam que povos muito claros ou muito escuros eram racialmente inferiores e fracos.
É necessário notar que o conceito racial adotado pela doutrina Nacional Socialista transcede a mera aparência física, já que há a crença de que os germânicos possuem uma unidade racial não só sob o aspecto físico, mas também psicológico e relativo aos atributos de caráter da pessoa