Lendo Imagens: uma história de amor e ódio

O autor inicia o texto fazendo referência a sua própria história na época da infância, na qual a imagem de um quadro do pintor Vincent van Gogh marcou sua memória. Devido àquela ilustração, sentimentos são alavancados em um contraponto entre a interpretação visual de uma imagem e a interpretação da leitura de palavras, como as de um livro, para a criação pelo imaginário de uma personagem ou lugar descrito. O autor não corrobora com a oposição intransigente à ideia de ilustrações acompanharem as palavras. Para ele, as imagens que vira na infância o aliciavam para uma leitura. A partir de um paralelo filosófico o texto traz que tanto as imagens como as histórias são informativas, assim como dito por Aristóteles. Este sugeriu que todo processo de pensamento requeria imagens. A própria existência é tida como um rolo de imagens que se desdobra continuamente, sendo seus significados realçados através de símbolos, sinais, mensagens e alegorias de acordo com as experiências, desejos e questionamentos do ser. Ao questionamento de qualquer imagem poder ser lida ou se é possível criar uma leitura para qualquer imagem, o autor do texto responde abordando largamente exemplos que ele diz oferecerem ou sugerirem uma leitura limitada em conformidade às aptidões do leitor. Em uma perspectiva histórica, com fatos narrados da Pré-História, Idade Média e Renascença é percebido que a narrativa passa a ser transmitida por outros meios: “mediante simbolismo, poses dramáticas, alusões à literatura, títulos”, ou seja, por meio daquilo que o espectador, por outras fontes, sabia estar ocorrendo. O autor defende que as imagens se apresentam à consciência humana instantaneamente, seja a parede de uma caverna ou de um museu, assim como a pintura de van Gogh foi prontamente real e definitiva para ele, e que quanto mais se observa, podem-se ver mais ou menos detalhes e realizar novas associações ao se contemplar uma imagem. Assim, é possível apreender mais informações, a exemplo de detalhes