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Sandra Helena Rodrigues1
MANGUEL, Alberto. Lendo Imagens: Uma história de amor e ódio. Tradução de Rubens
Figueiredo, Rosaura Eichemberg, Cláudia Strauch. São Paulo: Companhia das Letras,
2001.
“Sou um viajante inquisitivo e caótico. Gosto de descobrir lugares ao acaso, por meio de qualquer imagem que esses locais tenham a oferecer: paisagens e prédios, cartõespostais e monumentos, museus e galerias que abrigam a memória iconográfica de um lugar (...)” Assim iniciar-se o livro Lendo Imagens: Uma história de amor e ódio do autor Alberto Manguel. O aprendizado para quem quer descobrir um método de ler imagens é traçado a cada capítulo do livro a partir de inúmeras imagens que, como um mosaico, compõem um círculo de informações visuais minuciosamente escolhidas nas suas mais diversas formas, seja artísticas e ou documental.
Partindo da imagem como narrativa, o autor nos leva a percorrer o universo da imagem através do tempo. Segundo o autor, ao contrário das imagens, as palavras escritas fluem constantemente para além dos limites de um texto ao contrário das imagens, que se apresentam a nossa consciência instantaneamente.
Nesse sentido, o autor afirma que, as imagens se formam em nossas mentes e podem através do tempo vir a serem associadas a outras imagens emprestandolhes palavras para contar o que vemos. O tempo na imagem ainda segundo o autor, é infinito visto que, “uma imagem existe no espaço que ocupa, independente do tempo que reservamos para contemplá-la”(MANGUEL, p.25, 2001).
Ainda sobre a temática o autor traça um paralelo com a questão da cultura ou civilidade – aportada em outros discursos por autores como Norberto Elias -, quando afirma que, só podemos ver aquilo que, em algum feitio ou forma, nós já vimos antes.
(MANGUEL, 2001). Nesse sentido afirma o autor que:
Quando lemos imagens – de qualquer tipo, sejam pinturas, esculturas, fotografias, edificadas ou encenadas -, atribuímos a