Lendas africanas
Eles tinham sete anéis que pertenciam aos dois. À noite eles colocavam seus anéis. Aquele que dormia por cima sempre colocava quatro anéis e o que ficava por baixo colocava os três restantes.
Um dia Odudua, deusa da Terra, quis dormir por cima para poder usar nos dedos quatro anéis. Obatalá, o deus do Céu, não aceitou. Tal foi a luta que travaram os dois lá dentro que a cabaça acabou por se romper em duas metades. A parte inferior da cabaça, com Odudua, permaneceu embaixo, enquanto a parte superior, com Obatalá, ficou em cima, separando-se assim o Céu da Terra.
No início de tudo, Obatalá, deus do Céu, e Odudua, deusa da Terra, vivi
No início dos tempos, cada orixá dominava um elemento da natureza, não permitindo que nada, nem ninguém, o invadisse.
Guardavam sua sabedoria como a um tesouro.
É nesse contexto que vivia a mãe das água doces, Oxum,e o grande caçador Odè.
Esses dois orixás constantemente discutiam sobre os limites de seus respectivos reinados, que eram muito próximos.
Odè ficava extremamente irritado quando o volume das águas aumentavam e transbordavam de seus recipientes naturais, fazendo alagar toda a floresta.
Oxum argumentava, junto a ele, que sua água era necessária à irrigação e fertilização da terra, missão que recebera de Olorun.
Odè não lhe dava ouvidos, dizendo que sua caça iria desaparecer com a inundação.
Olorun resolveu intervir nessa guerra, separando bruscamente esses reinados, para tentar apaziguá-los.
A floresta de Odè logo começou a sentir os efeitos da ausência das águas.
A vegetação, que era exuberante, começou a secar, pois a terra não era mais fértil.
Os animais não conseguiam encontrar comida e faltava água para beber.
A mata estava morrendo e as caças tornavam-se cada vez mais raras.
Odè não se desesperou, achando que