Atuaçao do pedagogo
Ao nos defrontarmos com as inúmeras questões sobre a Pedagogia, podemos cair num jogo de suposições e “achismos” que reiteram e reafirmam discursos, muitas vezes, combatidos por nós mesmos, dentro do Movimento Estudantil. Muitas vezes, são falas esvaziadas de um projeto político. Como resultado disto, temos a indefinição de formas de se alcançar determinados fins, uma vez que dificilmente conseguimos estabelecer qual o real objetivo a ser alcançado. Discutimos a parte sem relacioná-la com o todo que a envolve. Não obstante, ao discutirmos Pedagogia, bem como tanto outros questionamentos particulares, não podemos nos furtar de um intenso aprofundamento sobre as reais causas das problemáticas postas.
Pois bem, quais os espaços de atuação e formação do pedagogo? Pedagogo deve se restringir a dar aulas, na escola? O que seria um espaço não-escolar? E o mercado de trabalho? E as empresas? O hospital? Pedagogo pesquisador, pedagogo docente ou “simplesmente” pedagogo (docente gestor pesquisador)? Aliás, o que é mesmo um pedagogo?
A atual sociedade se arranja conforme os pressupostos do modo de produção capitalista, o qual se baseia na apropriação dos meios de produção por uma minoria que não trabalha, enquanto a maioria vende sua força de trabalho em troca de um salário. Este, tão mísero, a ponto de servir apenas à sobrevivência do indivíduo e este ter mínimas forças para trabalhar no dia seguinte, ou seja, o salário serve à reprodução da riqueza do proprietário – sem trabalhador, sem produção... Além disso, a divisão do trabalho manual e intelectual efetiva o distanciamento do trabalhador de seu produto (alienação). Deste modo, descaradamente, existem os que pensam e os que fazem, porém tal divisão já está de modo tão naturalizado que as pessoas não contestam. Então é interessante ter o professor que faz e outro profissional da educação que pensa? Ou podemos reivindicar uma formação plena (e nisso o