A Leitura: Da mesma maneira que a escrita, a escolarização da leitura repousou num movimento de impregnação das práticas escolares pelas práticas culturais e sociais historicamente constituídas e sua forma de ler também tendeu a ser normalizadas a partir de mudanças nas relações espaciais, materiais, temporais e sociais estabelecidas no interior da escola primária. Nos anos 80 surgiram os primeiros estudos científicos na Europa e nos EUA sobre o ato de ler e o crescimento do interesse em investigar a leitura era desencadeado pelo aumento das taxas de escolarização e pela percepção de que um contingente maior de acrianças na escola não significava diretamente uma baixa dos índices relativos de analfabetismo. A partir de então, com uma prática da cultura urbana burguesa passou-se a ler em voz alta, a percepção de que a leitura se fazia principalmente por palavras e frases levou os educadores a defender o método analítico para o ensino da leitura. A oralidade da leitura era estratégia utilizada pela escola para cultivar a apreciação da literatura e permitir a apreensão da mecânica de ler, atingindo sua forma mais aprimorada na leitura expressiva. Porem nos anos 20, trouxeram-se a escolarização de massa, que rompeu com a leitura oral e introduziu o individualismo e a agilidade, e a partir de então dizia-se que se tanto a leitura silenciosa quanto a oral poderiam responder aos objetivos do ler, cabendo assim a escola oferecer os meios e recursos. Juracy Silva, diretora da Escola Vicente Licíno, no Rio de Janeiro, e autora de diversos livros, em seu relatório constou que o aumento efetivo de frequência dos alunos na biblioteca devia-se a medidas ( Ver Página 507). Do mesmo jeito que as bibliotecas favorecia um uso mais largo do espaço escolar ela também trazia seus problemas, estes nos quais possibilitava os alunos a terem uma maior movimentação dentro da sala de aula, principalmente no horário dos afazeres de trabalhos escolares. Contudo a intenção da