Epidemiologia
Risco:
Algumas doenças resultam de processos multifatoriais, gradativos e acumulativos (Pereira,
2000) ex:
Uma mulher hipertensa, tabagista e que usa anticoncepcionais sem orientação de um profissional de saúde, é uma séria candidata a ter uma doença cardiovascular.
Devemos entender que a somatória de situações hipertensão + tabagismo crônico+ anticoncepcionais formam uma relação complexa que desencadeia a doença (Pereira,
2000).
Risco é um termo bastante recente e essencialmente moderno. Ele é reflexo da reorientação das relações das pessoas com eventos futuros, numa espécie de “domesticação dos eventos vindouros” (Luiz e Cohn, 2006).
Com base nessa definição, podemos imaginar que os fatores desencadeantes podem ser vários interelacionados ou isolados (unicausais). Ex: Algumas doenças infecciosas, onde, um agente etiológico pode desencadear a doença.
Vulnerabilidade:
É o conjunto de fatores que pode aumentar ou diminuir o risco a que estamos expostos em todas as situações de nossa vida. Isto é usado também para avaliar as chances que cada pessoa tem de pegar uma doença.
A vulnerabilidade a doença podem ter origens biológicas
* Homens que são vulneráveis a determinadas doenças ligadas ao cromossomo X
(daltonismo, fenilcetonúria, distrofias musculares...)
Origens Socioambientais: crianças que vivem em áreas sem saneamento básico correm mais riscos de adquirirem doenças infecciosas e parasitárias.
Origens imunológicas; pessoas não vacinadas tornam-se suscetíveis (dispostas) a pegarem determinadas doenças.
A distribuição de doenças e agravos está muito associada com a vulnerabilidade da comunidade e seus fatores de riscos (fatores causais), hábitos, sedentarismos...
Ex: Onde há uma alta cobertura vacinal, a probabilidade de disseminação de uma doença imunoprevinível é mais baixa.
Quando estudamos essas características, observamos também o perfil epidemiológico, uma espécie de histórico de fatores