Leila Diniz
Leila Diniz foi uma atriz brasileira natural de Niterói. Casou-se com o cineasta Domingos de Oliveira, aos 16 anos. Sua importância para formação social brasileira se dá em seu comportamento libertário, no âmbito do amor livre e liberdade sexual. Ao longo da história, Leila foi apontada como percussora do movimento feminista no Brasil.
Leila ascendeu como atriz na época da forte repressão da ditadura militar. Seu comportamento não agradava o regime ditatorial. Em 1969, 3 anos antes de sua morte, ela concedeu uma bombástica entrevista ao jornal O Pasquim. Seus palavrões foram censurados com asteriscos. A atriz falou abertamente sobre vários assuntos, sem papas na língua.
“ A televisão não paga em dia, não é?
Antigamente, pagavam sempre. De uns três meses pra cá, eu ando muito (*) porque a Excelsior se (*) e eu junto. Nós fizemos mil reuniões em sindicatos, íamos fazer uma greve e tudo...”
“Não está mais tanto assim, não. Já esteve muito. A mim, nunca quiseram, porque eu mando logo tomar no (*). Quando eu quero eu vou com o cara. Comigo, não tem esse negócio de ninguém querer, não.”
Citação de Leila Diniz, quando perguntada sobre executivos da TV Globo assediando atrizes.
“Aliás acho uma (*) fazer papel sexy.”
“Um dia disse para um cara: meu amigo, se você por acaso me encontrasse, fosse ao cinema, fosse jantar, etc. eu até podia dar pra você, mas assim não.”
(Foto: Leila Diniz Grávida de Biquíni)
Logo após essa entrevista foi instaurada a Lei de prévia à imprensa, também conhecida como Decreto Leila Diniz.
Ai que saudade da beleza democrática
Ai que saudade do sorriso progressista
Ai que saudade de ouvir certas verdades
Que a burguesia sempre pensa mais não diz
Ela era crooner de uma orquestra sistemática