Lefebvre, henri. a revolução urbana
LEFEBVRE, Henri. A Revolução Urbana. Editora UFMG, 1999. 3°ed. 2008 Lefebvre em seu livro A Revolução Urbana parte da hipótese de uma urbanização completa da sociedade em que a produção agrícola é absorvida pela nuvem urbana e transformada em mercadoria, produção industrial e submetida às demandas e lógicas urbanas que são iluminadas pelo capital assim, o tecido urbano se expande e toma conta dos resquícios de vida agrária. Tecido urbano é um conceito trazido por Lefebvre em sua obra que compreende não só o espaço edificado das cidades, “mas o conjunto das manifestações do predomínio da cidade sobre o campo”. O autor traça uma linha que vai de 0 a 100% que diz respeito ao processo histórico passado pela sociedade até que se chegasse ao urbano onde o 0 representa a ausência de urbanização “ a terra entregue aos elementos naturais” assim, a sociedade passa por três fases Cidade Política, Cidade Comercial, Cidade Industrial até chegar na zona crítica que seria o 100% o estado total de urbanização. O que ocorre na zona crítica é a questão que Lefebvre se propõe a responder, pois é aí que está a problemática urbana no processo geral. A zona crítica se refere ao processo de implosão-explosão pelo qual passa a cidade industrial, onde num primeiro momento depois da concentração de pessoas, ideias, atividades, exôdo rural, extensão do tecido urbano, aconteceria explosão de múltiplos signos urbanos, estendendo a urbanização á sociedade. Porém a entrada na sociedade urbana e as modalidades de urbanização são reflexos das características da sociedade no curso da industrialização sendo assim, os processos traçados por cada cidade é diferente. Sendo o pensamento sobre a cidade e suas perspectivas o ponto de partida em direção a sociedade urbana, Lefebvre indica o campo cego como sendo, o ponto crítico desse processo, o que significa que o movimento da cidade em direção a sociedade urbana é uma probabilidade. A obra perpassa os caminhos da compreensão do