Direitos autorais no design
Barthes escreveu “A morte do autor” em 1968. Segundo Barthes (2004 apud Weymar, 2010, p.95) “o nascimento do leitor deve pagar-se com a morte do autor”. O autor não tem relevância para Barthes, mas sim o presente momento. Quem escreveu o livro, onde mora não é relevante. Segundo Barthes, a linguagem não é feita para produzir um único sentido, mas é um espaço cheio de multiplicidade. Por isso não é importante a intenção do autor ao criar a obra, mas sim as diferentes interpretações do leitor a respeito dessa.
Para Foucault, a morte do autor não aconteceu de fato. Ele contradiz a teoria de Barthes articulando que a obra está intrínseca as características do autor. Para ele há duas noções que afirmam o seu raciocínio. Estas são:
A noção da obra: a teoria da obra não existe e são milhares as questões que a envolvem. “De tal forma que não basta afirmar: deixemos o escritor, deixemos o autor, e estudemos a obra em si mesma. A palavra “obra” e a unidade que ela designa são provavelmente tão problemáticas como a individualidade do autor (FOUCALT, 1992, p.39 apud WEYMAR, 2010. p. 99)
A noção da escrita: o estatuto atual não considera nem o gesto de escrever e nem qualquer marca de algo que alguém possa ter querido dizer, isto é, apenas se pensa a condição, o espaço e o tempo de um texto. “Pergunto-me se, reduzida por vezes ao uso corrente, esta noção não transpõe para um anonimato transcendental os caracteres empíricos do autor” (FOUCAULT, 1992, p.40 apud WEYMAR, 2010, p. 99)
Para Foucault, o nome do autor é imprescindível, pois segundo Weymar (2010, p.99) “O nome do autor não é apenas um elemento deste discurso, ele exerce um papel, classifica; seu nome pode reagrupar em torno de si outros textos, faz com que outros discursos se relacionem ou se oponham.”
(...) indica que esse discurso não é um discurso quotidiano, indiferente, um discurso flutuante e passageiro, imediatamente consumível, mas que se trata de um discurso