: KEYNES E AS CONSEQÜÊNCIAS ECONÔMICAS DA PAZ
O livro As Consequências Econômicas da Paz foi publicado em 1919, e foi escrito como reação indignada e analítica à postura dos aliados mediante ao Tratado de Versalhes, tratado esse que foi um acordo de paz assinado após o fim da Primeira Guerra Mundial, onde a Alemanha assumiu a responsabilidade pelo conflito mundial, comprometendo-se a cumprir uma série de exigências políticas, econômicas e militares, exigências que foram impostas pelas nações vencedoras, principalmente por Inglaterra e França.
Para Maurice Dobb o livro é “a combinação liberal de sentido humanitário com realismo econômico”. Keynes tinha a convicção profunda de que o tratado de Versalhes levaria ao desastre econômico europeu.
Na sua análise do Tratado de Versalhes, Keynes questionou acertadamente as avaliações francesas sobre os danos provocados pela guerra que eram cerca de seis vezes maiores do que o razoável. A solução preconizada por Keynes envolveria justos pagamentos alemães, cancelamento das dívidas interaliadas, propôs também que a Liga das Nações a criasse uma zona de livre comércio europeu, estimulando e ajudando a Alemanha a assumir novamente seu lugar na Europa, como fonte de criação e ordenação de riqueza dos seus vizinhos orientais e meridionais.
Para Keynes, a Alemanha só poderia pagar suas reparações de guerra com mercadorias, sendo assim, não devia ser colocada numa situação de penúria, de escravidão. Tudo isso só poderia levar à ruína de toda a Europa. Como, de fato, aconteceu.
Keynes observou que não era possível