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Porque comemos o que comemos: factores biológicos das escolhas alimentares

Food TodayA grande variedade de factores que influenciam as escolhas alimentares foi um assunto já mencionado em artigos anteriores do Food Today. Este artigo irá analisar quais as nossas características biológicos que determinam a nossa selecção alimentar e o seu papel no apetite, paladar e gosto destas. Em artigos futuros irá examinar-se os determinantes sócio-económicos das escolhas alimentares, as barreiras a uma mudança alimentar e os modelos de mudança comportamentais.

As nossas necessidades fisiológicas constituem os determinantes básicos das escolhas alimentares. Os seres humanos necessitam de energia e nutrientes para sobreviverem e reponderem às sensações de fome e saciedade (satisfação do apetite ausência da sensação de fome entre o consumo de alimentos). No geral, os seres humanos dispõem de uma gama de alimentos variada para escolher, tanto de origem animal como vegetal. O apetite e a escolha de alimentos A fome e a saciedade são o resultado de processos fisiológicos complexos. Seguindo sinais específicos (p.ex. a depleção de nutrientes do sangue, a sensação de vazio gástrico), a sensação de fome surge e cria-se uma necessidade de comer. À medida que se vai comendo, a sensação de fome vai diminuindo, conduzindo à finalização da refeição e elevando o estado de não fome, denominado saciedade. O equilíbrio entre fome, estimulação do apetite, e ingestão alimentar, satisfação do apetite e elevação da saciedade, é controlada pelo sistema nervoso central. Os sinais de saciedade influenciam o intervalo de tempo até à próxima refeição, e pode também influenciar consequentemente o tamanho dessa mesma refeição. Saciedade é conhecida como tendo um papel na regulação da energia. Os macronutrientes, como os hidratos de carbono, proteínas e lípidos, também produzem sinais de saciedade de intensidade variável. Estudos realizados sugerem que a gordura tem o poder saciante mais