justiça
Em seu livro, o autor Michael J. Sandel trata, em dez capítulos sobre assuntos polêmicos e conflituosos como preços abusivos, barriga de aluguel, casamento homossexual, política e religião entre outros, os quais todos nos leva a refletir sobre a moral e a ética aplicada nos devidos temas. Desafiando-nos assim, a ponderar acerca de qual seria a coisa certa a fazer e com isso confrontando nossas ideias pré-existentes.
No capítulo 1 é contada a história do furacão Charley que varreu da Flórida até o oceano Atlântico, deixando uma cidade inteira arrasada e devastada. Como se todo o dano natural já não fosse o bastante para a grande problemática que nasceria com ele, os preços de produtos básicos explodem. Neste ponto Sandel inicia a discussão: É justo cobrar o quantia desejada pelos comerciantes, nestas circunstâncias emergenciais ou o governo deve intervir para impor um comportamento mais virtuoso? Deve a lei tentar promover virtude ou ser neutra como essa concepção?
Neste mesmo capítulo é apresentada a teoria Utilitarista de Jeremy Bentham, a qual defende a maximização da felicidade, citando assim vários exemplos, dentre eles o caso do bonde desgovernado que diante as circunstâncias apresentadas pelo o autor teria apenas dois caminhos a serem seguidos, o primeiro que implicaria na morte de cinco operários e o segundo que apenas tiraria a vida de um inocente. Porém, nenhuma decisão é tão simples de se tomar e muito menos as que resultariam no fim da personalidade de algum qualquer.
A leitura deste livro é de grande valia não só para nós estudantes de direito, mas para toda sociedade, uma vez que possibilita aprofundarmos num tema tão discutido e atual em nossa sociedade. Mesmo sem chegar a um denominador comum, sobre o título que este livro carrega. Sandel nos leva a interpretar justiça como um dilema por que não há uma definição, pois está sempre aberta a mudanças, uma vez que em cada caso há uma nova concepção