Estresse e Trabalho – conflitos, consequências e impactos sobre o indivíduo e a organização
Vive-se um tempo em que tudo é carregado de grande significado e acontece rápido demais: tecnologias tornam-se obsoletas da noite para o dia, pessoas em regiões opostas do planeta comunicam-se instantaneamente, contratos são fechados em segundos e vidas são transformadas, dados são processados e uma vasta gama de informações irrompe a cada novo segundo provocando mudanças, como que, num piscar de olhos. Falar que tais transformações ocorrem apenas no domínio organizacional seria, além de restrito demais, completamente errado, uma vez que a vida, na atualidade, é assim: vertiginosa. Todavia, há um preço, ou melhor, uma consequência para tudo isso, afinal são infinitas novidades para serem assimiladas e, muitas das vezes, os indivíduos simplesmente não conseguem: frustram-se, ficam irritadiços, desmotivados, desanimados enfim, tornam-se vítimas de uma doença surda, que na maioria das vezes, acaba passando completamente despercebida. Tal doença, objetivo desse trabalho, é o estresse. Termo utilizado erroneamente para designar qualquer mal que afete o ser humano, o estresse é uma doença que acomete um número cada vez maior de indivíduos, não importando a atividade exercida, idade, classe social ou qualquer outra distinção. Justamente por isso, o termo assumiu essa qualidade genérica, perdendo sua exata conotação. Doença psicológica de graus diferenciados, o estresse vem sendo estudado por diversas áreas do conhecimento, além da psicologia; para a administração o estresse é de fundamental interesse, uma vez que afeta um dos principais recursos de uma organização: o ser humano. Portanto, justifica-se a atenção dada ao tema. Para o presente trabalho foram levantadas obras que tivessem um sistema de abordagem diferenciada entre si, de modo que se possa explanar o assunto de modo mais crítico e embasar a argumentação com maior propriedade. Paul E. Spector, em sua obra