Justiça e Vida Boa
SÃO PAULO
2013
A JUSTIÇA E O BEM COMUM
SÃO PAULO
2013
Abordar problemas como desemprego, falta de assistência médica e pobreza e racismo exigiria mudanças de consciência. É errado, então, pensar que as convicções morais e religiosas não têm nenhuma função legislativa ou política.
A visão de Kennedy da religião como questão privada, demonstrava mais do que a necessidade desarmar o preconceito contra o catolicismo. Ela refletia uma filosofia na qual o governo deveria manter-se neutro quando às questões morais e religiosas para que todos os indivíduos pudessem escolher livremente seus conceitos de vida boa.
Democratas e Republicanos defendiam a neutralidade, mas em abordagens diferentes. Os Democratas apoiavam a neutralidade em assuntos de cunho social e cultural. Já os Republicanos apelavam à neutralidade na economia.
As pessoas frequentemente têm afetos, devoções e lealdades dos quais elas acreditam que não poderiam, ou na verdade não deveriam afastar-se. As pessoas podem achar simplesmente inimaginável viver sem determinadas convicções religiosas, filosóficas e morais ou sem determinados apegos e lealdades duradouros. Porém governo não deve legislar sobre moralidade, porque estaria impondo a alguns as convicções morais e religiosas de outros. O governo deveria deixar que as pessoas fizessem suas próprias escolhas.
Não se pode esperar que as pessoas tenham a mesma ideia sobre determinada coisa, uma vez que elas têm convicções religiosas e morais distintas.
Os juízes, por exemplo, não devem invocar seus ideais individuais de moralidade, nem de outras pessoas. A participação em debates públicos como cidadão demanda a utilização de argumentos que se espera que todos os cidadãos possam aceitar razoavelmente.
DISCUSSÕES SOBRE ABORTO E CÉLULAS TRONCO
Às vezes, para resolver questões de justiça, é necessário resolver