Just in time
Pessoal, quem ministrará a aula de hoje, é o Sociólogo Geélison Ferreira da Silva, mestrando em Sociologia pela UFMG. (geelisonfs@yahoo.com.br)
O porquê do maior desenvolvimento do capitalismo nos países predominantemente protestante no final do século XIX e inicio do século XX? Por que razão havia maior número de protestantes nos países capitalistas? O livro “A ética protestante e o espírito do capitalismo” de Max Weber, publicado pela primeira vez em 1904/1905 busca responder as questões acima, e compreender o capitalismo para além dos estritos campos econômicos e materiais como um modo de produção, o compreende também como espírito, ou seja, cultura – conduta de vida com fundamentos morais/éticos e simbólicos.
No corrente texto damos enfoque especial à segunda parte do livro, cujo subtítulo é “A idéia de profissão no protestantismo ascético”, que trata dos “fundamentos religiosos da ascese intramundana”, bem como de “ascese e capitalismo”. A edição por nós consultada para este trabalho é de Antônio Flávio Peirucci, publicado pela Companhia das Letras, em 2004. Para Weber a ética religiosa protestante, com seu desencantamento do mundo, próprio da modernidade, e sua valorização do trabalho profissional em si, constituem elementos essenciais, especialmente, um favorável efeito psicológico para o desenvolvimento do capitalismo (p.87).
Weber destaca especialmente quatro espécies do protestantismo ascético que exerceram esse papel, são eles: 1) Calvinismo; 2) Pietismo; 3) Metodismo; 4) Seitas Anabatistas. Não seria possível fazer total distinção ou isolamento entre os princípios destas correntes, como exemplo disso tem-se o fato de que a origem do é calvinista, passou por uma transição luterana, resultando em sectarismo que não era desejado originalmente. Outro exemplo é o caso do Metodismo que era simplesmente a igreja estatal inglesa, também, sem pretensão separatista como