Jovens instrumentistas
Nas grandes metrópoles como São Paulo é fácil identificar a existência de diversos grupos sociais, que se organizam em torno de um objetivo comum. Um desses grupos é formado por jovens instrumentistas dedicados à música e não à letra da canção. Essa observação já confere um caráter diferente à esses jovens: afinal, eles curtem uma “música de velhos”? A resposta é sim e não, pois no universo da música instrumental existe uma grande heterogeneidade que não nos permite rotular esse grupo.
O ponto de encontro desses jovens artistas com idade de 19 e 30 anos, na sua maioria, é a loja Matic Instrumentos Musicais, em São Paulo. Aos sábados no final da tarde é montado um pequeno palco em frente a esta loja onde os instrumentistas se encontram, trocam idéias, ficam sabendo das novidades e oportunidades que venham surgir e principalmente tocam seus instrumentos, onde ficam rodeados de pessoas que passam por lá e se interessam pelo som.
Grande parte desses jovens começou a tocar nos tempos livres, mas aos poucos a música instrumentista foi tomando grande influência em suas vidas. A hierarquia musical encontra-se presente nos depoimentos dos jovens, classificando os artistas de acordo com suas aptidões, passando pelos “ruins”, “intermediários” e aqueles que estariam no “topo” da cadeia evolutiva musical.
Além disso, existe uma teia de amizade, que determina o lugar de cada um. Para IWASAKI (2007) “muitas vezes, para aqueles que olham de uma perspectiva externa, esse grupo parece ser uma ‘panelinha’, ou seja, há limites de pertencimento claros, que determinam os aspectos ou a participarem desse ‘grupos de virtuoses’”. O ambiente dos jovens instrumentistas é permeado de verbas e códigos, que conferem símbolos de respeito mútuo entre os integrantes do grupo.
Na grande maioria das vezes, o instrumentista precisa buscar estratégias de