Música
A música está ligada à vida religiosa desde os tempos do Velho Testamento. Já nos primeiros descendentes de Adão e Eva vemos pessoas capacitadas especificamente para a arte da música (Gn. 4.21). Quase sempre, a música está ligada ao ato de louvor, mas pode ser também usada para conduzir a um estado de contemplação, como na preparação para o culto (prelúdios), para a oração silenciosa, para a Ceia do Senhor, e após o culto, antes de sair do Templo (postlúdios).
É fato comprovado que diferentes tipos de música levam a diferentes estados psicológicos: há músicas que excitam, músicas que acalmam, músicas que despertam, músicas que ajudam a dormir, etc. (Este conhecimento levou inclusive ao desenvolvimento da musicoterapia, em que a música é usada como coadjuvante no tratamento de várias doenças). Uma música suave, bem executada por um ou mais instrumentistas e/ou cantores, ajuda a nos aproximarmos de Deus com mais vontade e inspiração.
Na Palavra de Deus temos muitas exortações ao uso da música. O livro dos Salmos está repleto de chamados ao cântico e ao uso de instrumentos musicais (Sl. 147.1,7; 149.1,3; 150.3-5, etc.).
Vemos também na Bíblia que o exercício da atividade musical era encarado muito seriamente, com responsabilidade (1 Cr. 25.6,7; Sl. 33.3)
Neste estudo procuraremos aplicar estes ensinamentos da Palavra à realidade atual da nossa vivência eclesiástica.
TIPOS DE MÚSICA NA IGREJA
1. Instrumental
Durante muitos anos, a Igreja Presbiteriana usou apenas instrumentos de teclado: o órgão, preferencialmente, e o piano. Havia a noção equivocada de que os demais instrumentos eram de origem "pagã", e portanto deviam ser excluídos do culto. Esquecia-se que o mundo é que "pega emprestado" as coisas de Deus, que é Soberano e Senhor de tudo (Salmo 24.1). Nas duas últimas décadas, porém, temos tido uma variação maior de tipos de instrumentos musicais usados, introduzidos principalmente pelos elementos mais jovens, e de modo bastante