Jornalista
REGINA BRUNO Tem como objetivo identificar a imagem que está sendo passada pelo movimento Sou-Agro e entender o uso do artifício da mídia para a divulgação. O movimento foi criado diante da busca da valorização do agro na sociedade. Com um crescente mercado consumidor de alimento, esse profissional é indispensável na nossa vida cotidiana, e o Brasil, como um dos maiores produtores de alimentos do mundo, quer aproximar a sociedade rural da sociedade urbana, englobando todos nesse “planeta-agro”, desde aqueles que plantam até os que consomem à mesa no dia a dia. Fazem parte do movimento os responsáveis pelo cultivo da terra, da plantação, quem transporta o alimento, quem difunde a cultura rural pelo país. Estes são chamados de “agrogente” e procuram não apenas o poder e a riqueza, mas sim o reconhecimento da sua importância e do trabalho que fazem. O movimento também quer desfazer a relação do agronegócio com a depredação ambiental. Afirma que o aumento da produção não é proporcional ao aumento da área de plantio, mas sim ao aumento do padrão tecnológico. Defende também que com a valorização do Agro, este investirá em alternativas sustentáveis, adotando formas de plantio e cultivo da terra que não prejudique o meio ambiente nem o produtor. A propaganda é uma grande aliada do movimento, tendo em vista que divulga a importância deste e nos faz também querer levantar essa bandeira. Em contrapartida, há quem enxergue o movimento apenas como uma forma de encobrir os danos ambientais, beneficiar apenas os grandes proprietários de terra, para que esses possam minimizar os crimes, como o trabalho escravo e a concentração de terra, e se sobressair à agricultura familiar. Assim como o movimento reafirmou sua importância, tanto na economia quanto no dia a dia, também apenas aumentou as críticas quanto à depredação ambiental. Não obteve o sucesso pretendido, pois não partilhou a mesma visão na teoria e na