Jornal sobre a ditadura militar
A repressão aos órgãos de imprensa é intensa, impossibilitando a denúncia das arbitrariedades que se espalham pelo país. no governo de Médici observamos o uso massivo dos meios de comunicação para instituir uma visão positiva sobre o Governo Militar. A campanha publicitária oficial espalha adesivos e cartazes defendendo o ufanismo nacionalista. Palavras de ordem e cooperação como “Brasil, Ame ou deixe-o” integram o discurso político. No campo e nas cidades, o aparelho repressivo se sofistica com o desenvolvimento de centros de informações e operações que comandam o levantamento de investigações contra tais movimentos. Além disso, órgãos clandestinos como a Operação Bandeirantes (OBAN) e o Comando de Caça aos Comunistas (CCC) davam apoio a essas ações.
No governo Médici, observamos o auge da ação dos instrumentos de repressão e tortura contra os opositores do regime, instalados a partir de 1968. Os famosos “porões da ditadura” ganham o aval do Estado para promover a tortura e o assassinato no interior de delegacias e presídios. A guerrilha, que usa de violência contra o regime, foi seriamente abalada com o assassinato de Carlos Lamarca e Carlos Marighella.
O alarmante estado de saúde do então presidente Costa e Silva levou os membros do regime militar a declararem a vacância nos cargos de presidente e vice-presidente do nosso país. Entre os membros do oficialato mais cotados para assumir o cargo em aberto, destaca-se o general Albuquerque Lima, uma das mais proeminentes figuras entre os oficiais mais jovens do Exército. No entanto, os grupos mais ligados à chamada “linha dura” acabam aprovando o nome de Emílio Garrastazu Médici.
Milagre econômico ou endividamento brasileiro?
De 1968 até hoje, o PIB (Produto interno bruto) brasileiro vem crescendo entre 7% e 13% ao ano graças ao PAEG (Programa de ação econômica do governo) implantado em