joil
H : letra sem valor fonético próprio em português. Aparece nos dígrafos ch, lh e nh, em algumas interjeições, e em começo de palavra para preservar a escrita de origem (em latim era escrito para representar o som /h/, como nas línguas germânicas atuais).
As propostas do lexicógrafo Gonçalves Viana, pioneiro da simplificação ortográfica e um dos membros da Comissão de Reforma Ortográfica de 1911, eliminavam quase todas essas irregularidades, substituindo g por j antes de e e i, eliminando o h etimológico (seguindo o exemplo do italiano), decompondo o x em seus valores fonológicos (passando a grafar "tócsico", "sintasse" e "espectativa", mas continuando a grafar "roxo") e usando marcação gráfica para esclarecer se o u é pronunciado em "qu" e "gu". Por fim, a ambiguidade da pronúncia de e e o era rareada com a adoção de acentos diferenciais (tornando distintos, por exemplo, côrte e corte). Dessas propostas, só as duas últimas foram adotadas, com o emprego de acento grave sobre o u (freqùente, agùentar), mas essas práticas foram abolidas em 1945. O Brasil também seguiu essas convenções por algumas décadas a partir de 1943, usando o trema em vez de acento grave (freqüente, agüentar) , mas aboliu em 1971 essa classe de acento diferencial e em 2009 o trema, com a entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990.
Letras mudas
Consoantes mudas: nos países que não o Brasil, até a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, em 2009, eram grafadas consoantes que não eram pronunciadas; na maior parte dos casos, c e p nas sequências cç, ct, pç e pt. Em muitos casos, era possível prever a partir da fala o uso dessas consoantes, nas ocasiões em que marcavam a abertura da vogal precedente . Mesmo nesses casos, no entanto, não era possível saber se a letra a se utilizar era c ou p tendo como referência somente a fala