John Rawls e a Posição Original

Capítulo 3: A posição Original
O autor inicia a terceira parte do livro fazendo um esboço da natureza da demonstração das concepções da justiça, e explicando como as alternativas se apresentam de modo que as partes devam escolher a partir de uma lista definida de concepções tradicionais. Salientando que os dois princípios da justiça são utilizados por pessoas racionais interessadas em garantir seus interesses, o autor demonstra que os mesmos, são a solução apresentadas pelo problema de escolha apresentado pela posição original. O objetivo é estabelecer, dadas as circunstâncias das partes, e o seu conhecimento, que um acordo baseado nesses princípios seria a melhor maneira de cada pessoa assegurar seus objetivos em detrimento das alternativas disponíveis.
A idéia da Posição Original, hipoteticamente falando, faz com que cada indivíduo se posicione a favor da justiça com equidade: tendo em vista que nenhumas das partes têm conhecimento de sua posição social não seria possível garantir benefícios a uma exclusiva parcela social demográfica, já que qualquer um poderia estar inserido em um estrato social antes conhecido.
Dessa forma acabaria havendo um desconhecimento mútuo dos aspectos sociais, filosóficos, econômicos entre outros, o que faria com que todas as partes envolvidas se interessassem em um bem comum, uma justiça mútua, fazendo com que houvesse mínimas diferenças sociais e, essa quando existente, se voltasse a favor da parcela populacional menos favorecida.
Se encontrando nesse estado de desconhecimento prévio de situação, as partes envolvidas se encontrariam num estado denominado “Véu da Ignorância” que seria uma garantia de que ninguém seria beneficiado ou prejudicado na escolha dos princípios resultados do acaso natural. Desse modo nenhuma das partes envolvidas teria condição de impor condições que fossem satisfatórias a uma parcela exclusiva da população.
Pode-se dizer que a posição original preza pelo princípio máximo da “justiça com equidade”