John Locke e o liberalismo

John Locke e o liberalismo político

A revolução gloriosa
• Guilherme de Orange desembarca em solo britânico para depor o rei Jaime II e encerrar em 1688 um longo e tumultuado período da história inglesa.
• A revolução gloriosa assinalou o triunfo do liberalismo político sobre o absolutismo e assegurou a supremacia legal do parlamento sobre a realeza e instituiu na Inglaterra uma monarquia limitada.

Locke: justificativa da revolução
• O Segundo tratado é uma justificação da
Revolução Gloriosa, onde Locke fundamenta a legitimidade da deposição de Jaime II por
Guilherme de Orange e pelo Parlamento com base na doutrina do direito de resistência.
• Além de defensor da liberdade e da tolerância religiosa, Locke é considerado o fundador do empirismo, doutrina segundo a qual todo o conhecimento deriva da experiência.

Os Dois tratados
• Os Dois tratados escritos em 1679-80 são as duas obras onde encontra-se o pensamento político de Locke.
• O primeiro tratado é uma refutação do Patriarca, obra em que
Robert Filmer defende o direito divino dos reis com base na autoridade paterna de Adão.
• De acordo com essa doutrina, os monarcas modernos eram descendentes da linhagem de Adão.
• O segundo tratado é um ensaio sobre a origem, extensão e objetivo do governo civil.
• Nele Locke sustenta a tese de que nem a tradição, nem a força, mas apenas o consentimento expresso dos governados é a única fonte do poder político legítimo.

Estado de natureza
• O modelo jusnaturalista de Locke parte do estado de natureza que, pela mediação do contrato social, realiza a passagem para o estado civil.
• Na sua concepção individualista, os homens viviam originalmente num estágio pré-social e pré-político, caracterizado pela mais perfeita liberdade e igualdade.
• Esse estado de natureza diferia do estado de guerra hobbesiano, baseado na insegurança e na violência, por ser um estado de relativa paz, concórdia e harmonia. O direito à propriedade