Jogos matematicos para deficientes
O tempo passa e o homem tenta buscar soluções ainda mais precisas para os problemas... Não me refiro aqui aos problemas do dia-a-dia, como organizar a agenda, enfrentar um congestionamento, arrumar a casa, cuidar dos filhos, negociar dívidas ou cronometrar o tempo para dar conta de realizar todas as tarefas pendentes ou rotineiras. O fato, no entanto, seria resolver de forma mais simplificada aqueles problemas absurdos, os quais fazem parte dos dias letivos de qualquer escola. Talvez a falta de objetividade do ensino da matemática que a torna tão fantasmagórica entre a maioria dos estudantes. Por isso, mesmo não sendo nenhuma especialista em ciências exatas, decidi abordar a matemática, sobretudo como tal disciplina pode ser encarada de forma mais suave, principalmente no trabalho com deficientes visuais.
Sabemos que na falta da visão, quem entra em ação são os sentidos latentes, que precisam ser estimulados e valorizados no momento do aprendizado, buscando suprir tais defasagens. Muitas vezes não é possível fazer abstrações de imediato. A princípio elas não têm um significado, já que só podemos abstrair daquilo que já representa um conceito formulado, dispondo de referências e interpretações próprias às experiências. Utilizar jogos em relevo, materiais concretos, referências e associação a outras situações de relevância pode ser uma boa saída para que a matemática surja como um momento de descobertas prazerosas para o deficiente visual. Importante lembrar que, durante todo o processo de ensino/aprendizagem da matemática o uso do soroban é essencial, não apenas como registros mas, acima de tudo, para dar igualdade de oportunidades a todos os alunos, sem que para isso, o cálculo mental seja a única alternativa. Antes do uso do soroban para o ensino da matemática entre os deficientes visuais, suas ações eram restritas a memorização, cuja estratégia de cálculo mental os excluía as