Jogos empresariais
Resumo
Os jogos de empresas surgem como um método de ensino que integra a teoria à prática por oportunizar ao aluno vivenciar os conceitos aprendidos em sala de aula o mais próximo do real. Para alguns autores, a utilização deste recurso didático na formação de administradores promove a preparação de profissionais mais completos e maduros para enfrentar o mercado de trabalho. Apesar disso, não há evidência de uma utilização intensa destes em sala de aula. Este artigo tem por objetivo levantar na literatura os pontos fortes e fracos da utilização dos jogos de empresas como recurso didático na formação de administradores. A partir disso, constatou-se que os jogos de empresas proporcionam um diferencial na aprendizagem, reduzem a distância entre teoria e prática e são bem aceitos pelos alunos. Todavia, a complexidade na utilização, os altos custos e a necessidade de grande dedicação do professor são pontos restritivos à adoção do método.
E tendo em vista que muitos cursos de administração enfatizam exageradamente o que deve ser em detrimento do que é, divorciando, conseqüentemente, a teoria da prática, tendem a recomendar o ideal e ignorar as restrições, pressões e limitações das situações reais (RAMOS, 2001). Os jogos de empresas são uma alternativa didática para levar o estudante a desempenhar, em representações de situações administrativas, vários papéis comparáveis aos do sistema real, privilegiando o aprender fazendo num ambiente simulado (RAMOS, 2001).
Seguindo essa tendência assinalada por Vicente (2001), estudos têm sido realizados nos últimos anos sobre o tema e demonstram uma elevada aceitação deste recurso didático pelos alunos e pelos professores que o utilizam em sala de aula, mas que também apresentam algumas dificuldades. Este trabalho tem caráter exploratório e visa levantar os principais pontos fortes e fracos da utilização de jogos de empresas na