O crime do borderline

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho visa auxiliar estudos sobre a personalidade Borderline, da qual ainda é de difícil compreensão e diagnóstico. Servindo como comparativo para casos de crimes passionais cometidos por infratores considerados borderlines. Os crimes passionais, seguidos ou não de morte são de complexidade considerável para a comunidade e profissionais que atuam sobre os casos. Além de não haver estudos que tenham uma comprovação específica quanto à causa, não podem definir ou prever qual tipo de personalidade é de fato a que emitirá comportamentos considerados criminosos. Psicologia e Direito se unem para desvendar casos, analisar situações, traçar perfis e definir campo de estudo.

A psicologia Clinica precisa desenvolver referenciais teóricos e metodológicos para a sua prática (...) é um desafio de articulação do próprio discurso psicológico com outros campos discursivos que revelam as subjetividades em criação. Com isso, não se deve descartar o que foi elaborado como saber da Psicologia Clínica até aqui, mas levar esse conhecimento a novos níveis de organização (ANGELIM e DINIZ, 2006, p. 48).

Uma cena de crime, uma motivação e uma punição severa na infância, contribuem para a formação de um sujeito que emite respostas violentas aprendidas com seus pais, tentando assim, garantir sua sobrevivência no ambiente do lar. Conforme DALGALARRONDO (2006), com base na visão aristotélica sobre a doença mental no estudo da psicopatologia, o estudo inicia-se pela observação cuidadosa das manifestações, produzindo definições, classificações e interpretações. Sendo assim, expressa certa lógica sobre o objeto de estudo. Casos reais de pessoas que vivem com esse Transtorno, servem como base para analisar qual o papel do diagnóstico e o qual impacto causou após esse conhecimento pelos pacientes. Levando em consideração a história da psicopatologia para diagnóstico de transtornos mentais, a personalidade e suas alterações para entendimento da