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UM OLHAR FENOMENOLÓGICO SOBRE O BORDERLINE: CASO ELOÁ
Palavras-chave: Borderline. Fenomenologia.
Resumo
A discussão aqui proposta procura articular o repertório teórico apresentado na disciplina Psicopatologia Fenomenológica com alguns casos borderline. Para que isso fosse possível, retomamos nossos estudos em perícia psicológica policial e criminal afim de ilustrar este artigo com alguns casos conhecidos pela mídia.
Introdução
Escolhemos tratar nesta discussão o transtorno de personalidade conhecido por borderline por ter estreita relação com a personalidade ou o comportamento assassino. Indivíduos com este tipo de transtorno são afetados em toda sua existência desde seu relacionamento consigo mesmo, com as pessoas próximas e com o mundo em que está inserido. Refletimos sobre as tendências familiares quanto ao tratamento e atenção que a mãe do indivíduo borderline dispensa ao mesmo, sempre marcada por alguma forma de abandono compreendido por ele como algo destrutivo onde para não se sentir abandonado aniquila a pessoa que o abandona. É comum observarmos na mídia esse tipo de especulação depois que crimes desse tipo são cometidos, por exemplo os crimes passionais como os casos de Daniela Perez, Eloá e Sandra Gomide. Escolhemos falar sobre o caso Eloá.
Metodologia
Utilizamos como método para construção deste artigo a leitura dos textos sobre transtorno borderline e analisamos crimes passionais enfatizando o caso Eloá. Nossos estudos foram baseados num curso de perícia psicológica criminal com a Profa. Dra. Vera Lúcia Lourenço Jacometi da Universidade Cândido Mendes – UCAM.
Resultados e Discussão
De acordo com a CID-10, o transtorno de personalidade caracteriza-se como uma
“grave perturbação da constituição e das tendências comportamentais do indivíduo, usualmente envolvendo várias áreas da personalidade e