Jogos dramáticos
DA REDE ESTADUAL DE ENSINO
30 de novembro de 2010.
OFICINA
Jogos Dramáticos: intervenção e conhecimento na Educação Física Escolar.
Prof. Thiago Zanotti Pancieri
Especialização em Cultura e Arte – IFAC/UFOP
Especialização em Arteterapia - UCAM
Licenciado em Artes Cênicas – UFOP
Licenciado em Educação Física – UFES
Conceitos de Jogos Dramáticos
O Jogo Dramático não se constitui em um sistema rígido, fechado, já que vem sendo experimentado e referido a partir da experiência de cada professor, em função de seu grupo e de seus objetivos. Para Peter Slade (1978), o jogo dramático não é uma atividade propriamente artística, mas um comportamento natural dos seres humanos. Refere-se às brincadeiras próprias das crianças, que usam da dramaticidade (presente em variados jogos infantis), para experimentar e apreender os diversos aspectos da vida social. Estes jogos não são compreendidos como atividade teatral para o autor, já que não se estabelece uma relação palco-platéia, ou a preocupação de um discurso cênico. Já o conceito de Jogo Dramático, como observado pela tradição francesa, se apresenta como prática teatral, atividade em que, tanto a experiência de estar em cena, quanto à de observar os jogadores no palco, tornam-se relevantes para o processo de investigação. O Jogo Dramático surge na França nas primeiras décadas do século XX, sendo utilizado em vários contextos, desde como atividade que animava encontros de grupos de escoteiros até, e principalmente, nas escolas, enquanto instrumento cada vez mais reconhecido por seu valor educacional. No Brasil, o Jogo Dramático tem sua principal referência centrada nos trabalhos de Olga Reverbel e na produção teórica de Maria Lúcia de Souza Pupo. Pode-se caracterizar o Jogo Dramático como uma atividade grupal, em que o indivíduo elabora por si e com os outros as criações simbólicas. Apresenta-se, também, como um instrumento de análise do