Jogos dos Povos Indigenas 1
O critério para a participação é a força cultural das etnias, considerando tradições como a língua, a dança, os rituais, os cantos, as pinturas corporais, o artesanato e os esportes tradicionais.
A primeira edição ocorreu em Goiânia, em outubro de 1996, com a presença de 25 etnias e mais de 400 atletas e contou com a presença de Pelé, que incluiu o evento no calendário da Secretaria Nacional do Esporte.
Os II Jogos foram realizados na cidade de Guairá, no Paraná, em outubro de 1999 e teve a participação de 31 etnias e mais de 600 atletas.
Modalidades Esportivas:
Arco e Flecha
Cabo de Guerra
Canoagem
Atletismo (100 metros)
Corrida com Tora
Xikunahity (Futebol de cabeça)
Futebol
Arremesso de Lança
Luta Corporal
Natação
Zarabatana
Rônkrâ
Arco e Flecha
Os povos indígenas usavam muito esse instrumento como arma de guerra. Atualmente, é usado para a caça, pesca e rituais, e tornou-se também uma prática esportiva, sendo disputada entre aldeias e até com não-indígenas. Na maioria das tribos indígenas brasileiras, o arco é feito do caule de uma palmeira chamada tucum, de cor escura, muito encontrada próxima aos rios. O povo Gavião, do Pará o confecciona com a madeira de cor vermelha chamada aruerinha. Os povos do Xingu utilizam o pau-ferro, o aratazeiro, o pau d'arco e o ipê amarelo. Os índios do alto Amazonas usam muito a pupunha, e as tribos da língua tupi são as únicas que, às vezes, utilizam a madeira das palmeiras. O padrão do tamanho do arco obedece à necessidade de seu uso, de acordo com a cultura de cada povo.
A flecha é feita de uma espécie de bambu, chamada taquaral ou caninha. A ponta é feita de acordo com a tecnologia de cada etnia. Há aquelas flechas mais longas e as pontas tipo serra, muito usada para a pesca. Outras pontas são feitas com a própria madeira da flecha. Alguns povos colocam ossos e mesmo dentes de animais. Há outras flechas praticamente sem ponta, mas com uma espécie de esfera (coquinhos), usada na caça