ovisA oficina de Jogos de Improvisação (criação coletiva) diferente da ação anterior (Olindina) trouxe um público diferenciado na proposta inicial do projeto, que foram as crianças. Trabalhar com esse publico é cativante, pois estão sempre dispostos a “jogar”, fator importante para alcance dos objetivos da oficina. De um modo geral, pude perceber que a oficina ampliou o entendimento e o conceito de socialização nas crianças. Uma vez possibilitado o mergulho nos jogos de improvisação através do corpo e usando como estímulo o desejo, e o pensamento individual e coletivo sobre o futuro, pudemos abrir possibilidades de novas percepções na vida, uma discussão consciente do que pode e o que deve ser feito por cada cidadão nesse desejo de mudança. As crianças inicialmente estavam constrangidas, para a maioria era a primeira oportunidade de experimentar o teatro. Ao longo partilharam de suas histórias e intimidades como que se conhecessem há muito tempo. As cenas construídas durante o processo traziam um vigor, uma necessidade e muitos sonhos. Interessante observar que nos diálogos a respeito das necessidades futuras da cidade, os assuntos eram o mais diversos, por exemplo, necessidade de segurança, saúde com qualidade, mais educação, mas, o maior foco de necessidade apontada pelos participantes foi a questão ambiental. Esse tema veio a ser a construção das improvisações. A mostra trazia na cena inicial uma adaptação do jogo de Boal, máquina maluca, que consiste em uma pessoa ir a frente fazer uma ação com um som e em seguida ter essa ação complementada por um outro participante, até que todos estejam juntos, como parte da engrenagem de uma máquina. Na criação coletiva, um dos participantes pontuou que cuidar do meio ambiente exige isso, grupo unido, junto, bem como tudo na vida exige união. Por esse motivo escolhemos o jogo de Boal adaptado como cena inicial para reforçar a temática e as cenas construídas a frente. Numa das histórias partilhadas veio à cena central da