Jogos cooperativos e competitivos
Segundo Orlick (1989) os jogos cooperativos surgiram há milhares de anos quando membros das comunidades tribais se uniam para celebrar a vida. Ainda hoje são praticados por alguns povos que conservam tradições de seus ancestrais, tais como os Inuit (Alaska), Aborígenes (Austrália), Tasaday (África), índios norteamericanos, entre outros. No Brasil temos como exemplo os índios Kanela que praticam o ritual cooperativo da “Corrida das Toras” (BROTO, 1999).
Os jogos cooperativos surgem como proposta a partir dos anos 50 do século
XX, quando Ted Lentz publica o livro com o título “Para Todos: Manual de jogos cooperativos”, que teve como co-autora a educadora Ruth Cornelius. O mesmo autor (2009) ressalta a importância do canadense e doutor em psicologia Terry
Orlick na história dos jogos cooperativos, pois ele é a principal referência mundial em se tratando do assunto. O livro que marcou seu trabalho foi publicado em 1978 e intitulado: “Winning through cooperation”, foi traduzido para o português como:
“Vencendo a competição”. Seus estudos são baseados na sociologia aplicada à educação. O interessante é que Orlick possui um histórico competitivo, pois foi atleta de ginástica em seu país, obtendo resultados expressivos tanto regional quanto nacionalmente. Certamente tocado pelos anos de alta pressão psicológica e fortes treinamentos e o exacerbado clima de competição resolveu se dedicar ao caminho da cooperação (SOLER, 2009).
A história dos jogos cooperativos no Brasil é relativamenterecente. Começou em 1992 com Fabio Otuzzi Brotto juntamente com sua esposa Gisela Sartori Franco os quais iniciaram o Projeto cooperação, através de oficinas, palestras, eventos e publicação de materiais didáticos. Em 1995 publicou o primeiro livro sobre o assunto no Brasil: “Jogos Cooperativos: se o importante é competir, o fundamental é cooperar”. A partir dessa publicação a proposta dos jogos cooperativos atingiu uma
parcela