Jardins Sensoriais
JARDINS SENSORIAIS
“O jardim é como fragmento de um sonho e deve ser compartilhado por todo e qualquer usuário, incluindo os portadores de algum tipo de deficiência -- visual, auditiva ou física. Os idosos também têm direito, com sua natural perda de mobilidade e diminuição dos sentidos.” Michael Corajaud – paisagista francês
Ao passo em que somos acostumados desde novos a aprender e registrar informações através da visão e audição, nossos outros sentidos ficam menos apurados.
Por outro lado, quando nos deparamos com limitações sejam elas visuais, auditivas ou mesmo físicas, outros sentidos se afloram para nos orientar no aprendizado e discriminação de diferentes informações. Atrelado a esses aspectos dos cinco sentidos humanos, é sabido que os jardins desde a antiguidade são espaços para sensações que se conectam a lembranças, lugares para se estar em contato com a natureza seja para contemplá-la ou mesmo senti-la em suas diversas formas.
Contudo, os jardins em sua maioria são pouco adaptados as pessoas que tem necessidades especiais, seja pela falta de meios físicos que dificultem o acesso a eles ou pela forma como se dispõe as espécies, enquanto deviam ser ferramenta de auxílio seja na terapia, aprendizagem e/ou aprimoramento dos sentidos para essas pessoas ao estimular a percepção multissensorial, e ao integrar todos os sentidos, armazenar informações com maior qualidade.
Pensando nisso, projetam-se Jardins Sensoriais, que tem grande influência oriental e devem ser suspensos e pensados em alturas pré-determinadas que considerem a passagem de deficientes físicos, visuais e idosos, afim de garantir o livre acesso a todos para que possam tocar e sentir tudo com facilidade. Devem, assim, estimular tato, audição, visão, olfato e até mesmo o paladar.
O tato se dá através das texturas, seja das plantas ou mesmo dos caminhos e esses devem ser dois: um adequado ao cadeirante com todos os estímulos ao alcance das mãos