Jardim sensorial ufjf
É fundamental estudar a história dos jardins, afinal eles são o reflexo do relacionamento humano com a natureza. A própria palavra jardim vem da junção do hebreu "gan" (proteger, defender) e "éden" (prazer, delícia) e expressa de certa forma a imagem de um pequeno mundo ideal, perfeito e privativo. Historicamente, os jardins representavam um espaço de lazer, relaxamento e reflexão, sendo o passeio pelos jardins recomendado inclusive como parte do tratamento de enfermidades. Ele deve proporcionar o contato com elementos naturais e oferecer deleite aos sentidos, levando aquele que passeia a experimentar das mais diversas sensações desde o tato, até o olfato, a visão e a audição.
Segundo Michael Corajoud, paisagista francês, o jardim é como fragmento de um sonho e deve ser compartilhado por todo e qualquer usuário, incluindo os portadores de algum tipo de deficiência, seja ela visual, auditiva ou de mobilidade. Os idosos, com sua natural perda motora e dos demais sentidos em geral, também devem ter o direito a usufruir das belezas e dos prazeres de passear por um jardim.
Infelizmente, até hoje nem todos os jardins estão preparados para receber todos os seus visitantes de forma satisfatória ou, em alguns casos, de forma alguma. Isso devido à falta de adequação dos espaços às necessidades de cada indivíduo, inclusive aqueles portadores de algum tipo de deficiência.
Acessibilidade
Então, como pensar um espaço de jardim acessível a todos independentemente de suas capacidades ou deficiências? Bom, primeiramente não se trata apenas de ser possível entrar no jardim, a verdadeira acessibilidade consiste em oferecer a todos o máximo de autonomia, segurança e conforto em sua chegada, permanência, deslocamento e uso de quaisquer ambientes, equipamentos e mobiliários.
Jardim sensorial
O conceito de jardim sensorial possui grande influência oriental e tem como proposta estimular o equilíbrio dos sentidos, a percepção e o desenvolvimento físico e mental dos