Irrealismo dos pressupostos

653 palavras 3 páginas
Friedman procura discutir e sanar alguns problemas metodológicos comumente levantados na economia como ciência positiva distinta, sobretudo no que tange a estabelecer critérios sobre como decidir se uma hipótese ou teoria deve ser aceita em seu corpo de conhecimento sistematizado. Ele expõe a economia sob perspectiva normativa e positiva e as influências desta última para soluções da primeira. As conclusões da economia positiva são imprescindíveis para que políticas públicas propostas pela Economia normativa sejam atingidas da melhor maneira possível. A economia positiva deve ser julgada, então, pela precisão nas previsões que propõe, não precisando ser, então, uma ciência objetiva que estuda as relações humanas, uma vez que o investigador é, ele próprio, parte do objeto investigado. Na visão de Friedman, então, a teoria pode e deve ser julgada por seu poder preditivo para os fenômenos que se objetiva explicar, validando evidências como certas ou erradas, ainda que a falha em se negar a hipótese analisada não a torne válida, mas apenas incremente sua confiabilidade. É por essa razão que escolhas entre diferentes hipóteses, igualmente consistentes com as evidências disponíveis, tendem a ser, em certa maneira, arbitrárias.
Pode-se dizer que este é o ponto crucial acerca do qual permeia o debate: os critérios utilizados no momento de julgar a validez de uma teoria. Friedman recebeu críticas de diversos autores, enfatizando o problema existente no irrealismo dos pressupostos.
A corrente popperiana defende o falseacionismo, alegando que cientistas deveriam formular teorias capazes de serem falseadas. Quanto mais uma teoria puder ser testada e falseada, mais ela dirá sobre aquilo que se propõe a explicar. A evidência empírica seria, então, a “ferramenta” utilizada para falsear uma teoria, mas nunca para avaliar se a mesma é boa ou ruim. Um grande problema de Friedman é que a teoria, então, não poderia ser posta a testes
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