Resenha capítulo 18 do livro Metodologia do Pensamento Econômico
BARBIERI, F.; FEIJÓ, R.L.C. Metodologia do Pensamento Econômico: O modo de fazer ciência dos Economistas. 1ªed. São Paulo: Editora Atlas, 2013. v.1000. p. 363-375.
Neste capítulo “Filosofia da ciência em Maynard Keynes” o intuito dos autores Barbieri e Feijó (2013) foi o de apresentar as concepções metodológicas de Keynes no campo econômico, bem como suas inspirações acadêmicas e seus ideais filosóficos, que trouxeram novos parâmetros para a macroeconomia, como a incerteza.
Segundo os autores, John Maynard Keynes (1883-1946) é conhecido por sua contribuição à macroeconomia, mas também deixou legado na questão filosófica. Acompanhando a trajetória intelectual de Keynes, ele era um matemático competente e que “buscou uma reflexão filosófica avançada da estatística, em particular, da teoria da probabilidade” (p. 363). Keynes foi aceitou em serviço público e teve seu trabalho final sobre probabilidade rejeitado pelos filosófos Johnston e Whitehead. Porém, Keynes melhorou sua dissertação, submeteu uma nova versão e foi aprovado” com uma avaliação bastante elogiosa” (p.365). O trabalho de Keynes, de acordo com Barbieri e Feijó (2013), lidou com questões profundas de filosofia, desenvolvendo novas lógicas e passando a enfatizar os conceitos de acaso e de probabilidade. “Com ela, as novas teorias em probabilidade passam a enfocar a questão da incerteza quanto às consequências e escolhas humanas” (p.365), Keynes enfatiza uma visão não determinística, buscando em uma fundamentação probabilísticas das crenças individuais.
O ensaio da probabilidade tinha relações com a economia, e agregou a ciência econômica a incerteza. Keynes posicionou diante das ideias de dois dos maiores filósofos da Inglaterra, John Locke e David Hume. Locke era adepto da compreensão do mundo por meio da experiência, enquanto