Investir em mocambique
Manuela Sousa Guerreiro Texto
Este parece ser o sentimento partilhado pela maior parte das empresas inscritas no PREDIMO. O interesse pelo mercado existe, mas é preciso agir com cautela, ponderar o risco e, se possível, encontrar um parceiro local.
Investir em Moçambique sim, mas com cautela das de sectores tão diversos como os têxteis, consultoria, indústria de porcelana, cartografia ou das novas tecnologias, entre outros, estas empresas têm apenas em comum o interesse pelo mercado moçambicano. Mas quem são os empresários responsáveis por estas unidades? Que conhecimento têm do país? Até que ponto estão dispostos a arriscar? E quanto? Em véspera da realização do workshop sobre a “Formulação Estratégica e Internacionalização”, no qual foi distribuída a informação sobre as oportunidades de negócio detectadas pela consultora SAL, fomos tentar saber um pouco mais sobre algumas das empresas que podem influenciar a tendência decrescente do investimento directo português em Moçambique. À parte o interesse demonstrado pelo mercado moçambicano, não é fácil encontrar denominadores comuns a todas elas. Provenientes de vários sectores de actividade, são, na sua
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Munícipia, Fasoft, Industrial Laborum, Louçania, Carlos Pinto Lda, Ecofirma e Têxtil António Falcão fazem parte do grupo de três dezenas de empresas que se inscreveram no PREDIMO. Oriun-
maioria, empresas de pequena e média dimensão, embora possamos encontrar os dois extremos. Por exemplo, a Carlos Pinto Lda., é uma micro empresa, com seis trabalhadores, ao passo que o número de colaboradores da Têxtil António Falcão ronda as quatro centenas. Com volumes de negócio de vária ordem, a generalidade das empresas contactadas apresentam uma posição sólida no mercado nacional, pelo que a expansão para o mercado externo surge como uma opção fundamental para o crescimento do seu negócio. Já os motivos que os levam a seleccionar Moçambique são de vária ordem e passam pela estabilidade política e