Investigação do cerebro social em bebês
À procura dos sinais de inteligência infantil, pesquisadora descobre que as crianças querem mesmo é interagir
Natalie Angier, do New York Times
Publicado: 26/05/12 - 14h00
Atualizado: 28/05/12 - 13h03 * * * * Envios por mail: 18
A filha da pesquisadora Elizabeth Spelke, Bridget, estudante de medicina, com crianças na África do Sul The New York Times
NOVA YORK - Sentada em uma sala de monitoramento no Laboratório para Estudos de Desenvolvimento da Universidade de Harvard, Elizabeth Spelke, professora de Psicologia e pesquisadora dos ingredientes que formam o conhecimento humano, olhava com expectativa enquanto seus estudantes preparavam uma menina de oito meses de idade para a tarefa de assistir a desenhos animados. Os vídeos mostravam personagens pulando, correndo e dançando de um grupo para o outro. O objetivo da pesquisadora neste projeto, assim como em outros similares em andamento no laboratório, era explorar o que crianças entendem sobre grupos e expectativas sociais.
No entanto, mesmo antes de a gravação começar, o bebê que participava da pesquisa deixou claro o escopo do seu cérebro social. Ela acompanhava as conversas, fitava os recém-chegados e sorria. Elizabeth, que se destacou no meio acadêmico ao determinar como as crianças aprendem sobre objetos, números e configuração espacial, demonstrou todo o seu espanto:
— Por que demorei 30 anos para começar a estudar isso? Durante todo este tempo, eu estive dando às crianças objetos para segurar ou observei como elas exploram um quarto, quando o que elas queriam fazer era se envolver com outras pessoas — comentou.
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Para Elizabeth, a melhor forma de determinar o