Alienaçao moral
Quando pensamos no uso de música com bebês, quase sempre remetemos as canções de ninar. Foi apenas recentemente que os pesquisadores puderam investigar questões fundamentais como: O feto consegue ouvir música externa ao útero? O que o bebê percebe da música que ouve? Será que ele ouve a música da mesma forma que nós adultos? No 1º ano de vida o cérebro do bebê consegue processar a informação musical de modo a mantê-la na memória à longo prazo?
Embora os estudos de Neurociência ainda se encontram em um estágio inicial, estes apontam para a infância como um período propício para o desenvolvimento do cérebro e todas as atividades humanas. Kotulak cita 4 fases em seu livro: a 1º ocorre durante o estágio fetal, quando bilhões de células são formadas, a 2º ocorre logo após o nascimento e vai até os 4 anos, a 3º ocorre entre os 4 e os 10 anos de idade, e a 4º e última fase ocorre após os 10 anos de idade. Ou seja, tudo indica que o período da infância pode ser realmente propício para o aprendizado de novos conhecimentos. Os bebês são ouvintes competentes desde muito cedo. Embora a orelha humana se desenvolva por volta da 3º semana na pós-concepção, o ouvido só passa a funcionar por volta do sexto mês de gravidez. É durante esse período que as gestantes sentem pequenos chutes na barriga, como se o feto estivesse “ respondendo” aos sons externos.
Diferentemente do que pensávamos, o ambiente intra-uterino não é silencioso, e sim ricos em sons rítmicos, constantes e graves acrescidos aos sons cardiovasculares, intestinais e placentários.
Assim que o ouvido começa a funcionar, surgem também alguns atributos da memória, ou seja, por volta do último trimestre de gestação, os fetos passam a ser capazes de armazenar informação auditiva na memória de longo prazo.
Há muitas evidências sugerindo que ao nascer, os bebês estão predispostos a prestar atenção aos elementos musicais da fala e dos padrões