Cotas
O primeiro argumento daqueles que são contra as cotas nas universidades é que a lei está criando uma desigualdade, nossa Carta Magna dispõe que se trate todos de forma igual perante a lei sem distinção de qualquer natureza, mas em que consiste essa igualdade? Aos olhos de um dos princípios considerados fundamentais encontramos a resposta: Levar a lei de forma a tratar igualmente os iguais e desigualmente os desiguais à medida que eles se desigualam visando sempre o equilíbrio entre todos. As cotas em universidades somente privilegiam aqueles que são desde o principio tratados de forma desigual, portanto a lei não faz nada mais do que seguir o pensamento do legislador e aquilo que nós foi pontuado como fundamental.
O negro, o índio e o estudante de colégio público são desigualmente recebidos perante a sociedade, e isso tem de ser corrigido nas suas raízes mas para que a correção se torne efetiva haverá necessidade de um processo lento que essas pessoas que vivem hoje não farão parte, o tempo delas de ensino básico já passou e por isso também elas precisam de uma solução, é pra elas que são direcionadas as cotas.
O índio, povo nativo da nossa terra, depois da chegada dos portugueses foi arrancado de seus costumes e crenças, obrigado a trabalhar em plantações agrícolas, escravizados, caçados, dizimados e depois que se substitui a mão de obra índia pela negra, os índios que restaram viraram objeto de estudo e catequização dos jesuítas. Hoje o sangue indígena está em muitos dos brasileiros, mas em relação aqueles que haviam há quase nada e os que ainda preservam a cultura e tradição vivem em áreas de difícil acesso ou optam pela educação da escola indígena, porem quando um jovem decidi estudar na universidade ele precisa ter o direito de conseguir ingressar neste ensino como brasileiro que é, mas as diferenças de conteúdo que ele viu em relação aos outros é cruel, e a competitividade faz as chances serem mínimas sem que haja ajuda.
O negro desde sua