INTRODUÇÃO À LINGUÍSTICA
A Variação Linguística
FIORIN, José Luiz. Introdução à Linguística. São Paulo: Contexto, 2012.
Capítulo: A Variação Linguística, Ronald Beline, páginas 121/140.
1. As línguas variam
De acordo com Fiorin, há diferentes línguas no mundo. Assim, fala-se a língua portuguesa no Brasil e na região fronteiriça, do outro lado, fala-se o espanhol. Dentro do Brasil, há indígenas que, quando estão em suas aldeias, comunicam-se em suas línguas, e não em português. Acontece o mesmo em outros países, onde também há diferentes línguas, como acontece na Espanha, por exemplo, onde o basco é falado em uma pequena região do norte do país.
Por outro lado, pode-se lembrar de um fato linguístico que ocorre no Brasil, mas que não é dada muita importância, em termos científicos: são as diferenças detectadas no português falado em São Paulo e o falado em outras regiões do país. Essas diferenças, no entanto, não impedem a comunicação. Palavras diferentes faladas em regiões distintas, mas com o mesmo significado, é um tipo de variação: a lexical.
Outros tipos de variação podem ser detectados, uma palavra pode ser pronunciada de diversas maneiras, seja em função do lugar - variação diatópica -, seja em função da situação – variação diafásica.
Quando se fala em variação diatópica, pode-se pensar na maneira como os cariocas pronunciam o “s” das palavras, que é diferente dos paulistanos, enquanto que a variação diafásica depende da situação em que o indivíduo se encontra. Em uma situação mais formal, a tendência são as palavras serem pronunciadas com mais clareza, entretanto, na informalidade, o mesmo indivíduo pronunciaria as palavras de forma diferente. Neste tipo de variação, o nível de escolaridade interfere bastante.
Neste capítulo, o autor foca a variação linguística numa dimensão quantitativa e propõe um estabelecimento de limites.
2. Os limites da variação
A partir da premissa de que existem várias línguas