introdução aos estudos literários 1 (atos de fingir)
Páginas 957 á 960. Hellon
Hoje os textos literários são considerados ficcionais e são diferentes daqueles que não usam a ficção, chamados de textos não-fictícios. O oposto entre realidade e ficção vem do que adquirimos ao longo de nossa vida. Tem-se uma dúvida formada se realmente os textos fictícios são por todo fictício e os não-fictícios possam ter alguma ficção.
Em textos ficcionais existe algum tipo de realidade inserida, com essa mistura de realidade e ficção cria-se uma tríade onde o terceiro integrante é o ambiente imaginário, vindo da parte fictícia do texto.
Mesmo que o saber tácito diga o que é fictício e o que é realidade podemos ficar com a teoria do conhecimento do início da idade moderna martelando em nossas cabeças: “Como pode existir algo que, embora existente, não possui o caráter de realidade?” a oposição entre o real e o fictício ficou estável.
A relação opositiva do fictício e da realidade é substituída pela tríade do real, fictício e imaginário para se poder comprovar a parte fictícia do texto ficcional, sabemos também que no texto ficcional a um certo tipo de realidade social, sentimental e emocional e que essas realidades não são ficções. Referindo-se a realidade, a repetição ocorrida no texto ficcional é um ato de fingir, pois aparecem finalidades que não são à realidade repetida. O ato de fingir é próprio, pois provoca a repetição no texto da realidade vivencial, e com essa repetição atribui uma configuração ao imaginário fazendo a realidade repetida se transformar em signo e o imaginário em efeito do que é assim referido.
A principio fundamental do texto ficcional está na relação triádica do real com fictício e o imaginário. O imaginário se expressa com o ato de fingir através de uma transgressão de limites, entretanto o imaginário se dá em situações inesperadas, interrompendo ou prosseguindo a fantasia do leitor. Ao ver de Husserl, o fingir é quase igual ao