Introdução ao construtivismo
Observa-se uma tendência para a interatividade, isto é, a obra não é um objeto acabado, sacralizado, posto na parede dentro de uma moldura (principalmente na arte abstrata, no qual a interação acontece incessantemente para os diversos tipos de entendimentos). Na arte interativa a obra é virtual, imaterial, existe apenas no momento da experiência e vivência do espectador, esse, constrói a obra, é coautor e interagente e o artista, por sua vez, apenas cria uma proposta de interação com o espectador, como um jogo sensório e/ou mental, determinante de um diálogo transformador. “O artista constrói novos símbolos com o seu pincel. Este símbolo não é uma forma reconhecível de nada que esteja já completo, já feito, ou já existente no mundo – é um símbolo de um novo mundo, que está a ser construído sobre e existe pelo povo." (LISSITZKY, El)
O Construtivismo teve grande influência da Revolução Industrial, mudando a forma de se comunicar, um movimento que rompeu com as noções tradicionais de Arte, acreditando que deveria representar as formas e procedimentos da tecnologia moderna, despoja-se de qualquer alusão à natureza, apropriando-se de formas geométricas, sendo assim uma linguagem fácil de ser entendida pela grande massa.
“Um movimento de arte abstrata fundada na Rússia em 1913. Construtivismo varrendo as noções tradicionais sobre a arte acredita que ele deve imitar as formas e processos de tecnologia moderna. Isso era especialmente verdadeiro da escultura, que foi "construído" de componentes que utilizam materiais industriais e técnicas. Na pintura, os mesmos princípios foram aplicados dentro de um formato bidimensional; formas abstratas foram usadas para criar estruturas que lembram a tecnologia de máquina e foram suspensas no espaço de forma quase arquitetônica. Embora Construtivismo “puro” era atual na Rússia durante os primeiros anos da Revolução, seus objetivos e ideais têm sido utilizados por artistas de todo o século XX” (The Book Art, p. 506