INTRODU

PARQUE ÉOLICO, QUE BONS VENTOS O TRAZEM? UMA ANÁLISE DO
“REDESCOBRIMENTO” DO LITORAL NORTE DE SERGIPE
INTRODUÇÃO
O sol e a praia se apresentam no imaginário do homem ocidental moderno como o paraíso. O espaço litorâneo começou a ser apropriado para diversos usos a partir da primeira metade século XVIII. No Brasil, o interesse pelas propriedades terapêuticas da água salgada do mar iniciou a partir da vinda da família real em 1808. Antes disso, o mar no Brasil era utilizado como depósito de lixo. Mas, foi a partir do século XX que a zona costeira começa a se consolidar como espaço de lazer e recreação, com destaque para a atividade turística.
No Nordeste brasileiro, o Programa de Ação para o Desenvolvimento do Turismo
(PRODETUR1-NE), do governo federal e dos governos estaduais com apoio de organismos internacionais, no início da década de 1970 marca a reestruturação do território para o turismo, especialmente no litoral. O referido Programa investiu em infraestrutura básica e desenvolvimento institucional com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento socioeconômico da região nordestina. Neste sentido, inúmeros investimentos privados também começaram a ser realizados no Nordeste para o crescimento do turismo.
Em Sergipe, o litoral norte, centro e sul receberam investimentos do PRODETUR.
No entanto, observa-se no primeiro momento do PRODETUR mais ações no litoral centro e sul. Nesta perspectiva, o litoral centro formado apenas por Aracaju e o litoral sul composto por São Cristóvão, Itaporanga, Estância, Santa Luzia do Itanhy e Indiaroba são espaços intensamente utilizados para a formação do produto turístico sergipano. O que não significa que os municípios do litoral norte, a saber: Barra dos Coqueiros, Pirambu, Pacatuba e Brejo
Grande, sejam pouco atraentes para o turismo. Pelo contrário, o litoral norte encanta a todos os que visitam por suas belezas naturais e pela cultura do seu povo. Mas, existia uma dificuldade de acesso para este litoral, o que talvez