Introdu O
A abelha, inseto milenar, está presente em toda a história da humanidade, desde o início dos tempos. Desde as mais remotas civilizações até as mais recentes descobertas, a abelha sempre esteve e está intimamente associada ao ser humano e sua evolução. As abelhas podem ser indicadores biológicos do equilíbrio ambiental, muito útil no esforço da conservação, da biodiversidade e na exploração sustentável do meio ambiente. As mudanças que o homem têm imposto ao seu ambiente vem reduzindo a abundância de abelhas silvestres, colocando em risco a produção de alimentos e a preservação de muitos ambientes naturais e das espécies que neles habitam. É urgente que se reconheça as abelhas e outros animais polinizadores como essenciais para a sustentabilidade da produção mundial de alimentos. Segundo pesquisadores, a produção de 2/3 da alimentação humana depende, direta ou indiretamente da polinização por insetos e, de acordo com estimativas feitas em 1998, pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), há no mundo uma perda de U$54 bilhões devido a deficiência na polinização das plantas cultivadas. São as abelhas que garantem a diversidade e o equilíbrio do ecossistema. Estudos apontam que 50% da biomassa de uma floresta tropical seja formada por formigas, vespas, abelhas e cupins. Cerca de 75% das culturas e 80% das espécies de plantas dotadas de flores dependem da polinização. Portanto, as abelhas constituem-se nos principais polinizadores bióticos da natureza. Frequentemente os agricultores não percebem a grande fração de polinização que é realizada pelas abelhas nativas e resultados de polinização inadequada acabam sendo interpretados como problemas de clima ou doenças. Boa parte da agricultura só existe por causa da polinização das abelhas e insetos! Ou seja, o próprio funcionamento da natureza - suas interações ecológicas - produzem "serviços" ecossistêmicos dos quais a humanidade e outros seres vivos utilizam para