Introdu O

BEIGUELMAN, Paula. A formação do povo no complexo cafeeiro: aspectos políticos. São Paulo: Pioneira, 1968. p. 5-12.
FICHAMENTO- Introdução “Já é lugar corrente na maneira pela qual a partir de meados da década passada vem sendo focalizadas as características econômicas e politicas da realidade brasileira, a constatação da natureza peculiar do ciclo cafeeiro, que deu origem a um rudimento de mercado nacional polarizado em torno da região cafeeira e manufatureira do Centro- Sul.” (pag: 5)
A afirmação acima serve como ponto de partida da autora que inicia suas constatações em relação à questão da peculiaridade da detenção cultivo de café no Brasil que envolve diversas questões politicas e econômicas.
Prosseguindo as constatações, dentro do plano teórico, é ressaltado que o ciclo cafeeiro é algo que difere o Brasil de outros países tropicais colonizados, e por outro lado a existência da cultura de açúcar é o que o aproxima destes. Existe uma espécie de confronto entre os dois setores econômicos que predominam no país, pois ambos são muito importantes economicamente. Portanto, a autora compara ambos e destaca uma essencial diferença básica entre eles:
“... enquanto na economia açucareira o cultivo da cana e o fabrico do açúcar constituem praticamente a atividade essencial única, a economia cafeeira nacional dá lugar a um complexo no qual se inserem uma agricultura de alimentação e uma indústria.” (p: 6)
Tal consideração nos leva a instigação já introduzida de que o setor do café envolve todo um núcleo econômico completamente dinâmico e este consequentemente, como acrescenta a autora, portanto esse não pode ser afetado na totalidade por ocorrências de crises na produção. Beigueman logo então chama o setor cafeeiro de “gênese da economia de mercado interno” (pag:6).
De todo modo, as características diferenciadas presentes no setor cafeeiro relacionam-se com a formação do inicio do sistema capitalista no mundo, pois fatores como a configuração de uma dinâmica que não