Introdu O
Esses empréstimos provieram de línguas célticas, germânicas e árabes ao longo do processo de formação do português na península Ibérica. Posteriormente, o Renascimento e as navegações portuguesas permitiram empréstimos de línguas européias modernas e de línguas africanas, americanas e asiáticas. O português recebeu empréstimos principalmente da língua francesa.
Actualmente, a maior fonte de empréstimos é o inglês norte-americano. Deve-se levar em conta que muitos empréstimos da língua portuguesa actual não ocorreram em Portugal e nas colônias africanas, onde a influência cultural e econômica dos Estados Unidos é menor. As palavras de origem estrangeira normalmente passam por um processo de aportuguesamento fonológico e gráfico. Quando isso ocorre, muitas vezes deixamos de perceber que estamos usando um estrangeirismo. Palavras como bife, futebol, beque, abajur, xampu, tão frequente em nosso cotidiano que já as sentimos como portuguesas. Quando mantêm a grafia da língua de origem, as palavras devem ser escritas entre aspas (na imprensa, devem surgir em destaque – normalmente itálico): shopping center show, stress. Atente para o fato de que os empréstimos linguísticos só fazem sentido quando são necessários. É o que ocorre quando surgem novos produtos ou processos tecnológicos. Ainda assim, esses empréstimos devem ser submetidos ao tratamento de conformação aos hábitos fonológicos e morfológicos da língua portuguesa. São condenáveis abusos de estrangeirismos decorrentes de afectação de comportamento ou de subserviência cultural. A imprensa e a publicidade muitas vezes não resistem à tentação de utilizar denominação estrangeira de forma apelativa, como em expressões do tipo teens (por