INTERTEXTUALIDADE
SANTOS, E, P. A intertextualidade na construção argumentativa. Diálogodas Letras, Pau dos Ferros, v. 02, n. 01, p. 300.
O estudo da intertextualidade tem adquirido grande destaque no âmbito dos estudos, desde a década de 60, quando a francesa Julia Kristeva, a partir do conceito de dialogismo bakhitiniano, cunhou o termo intertextualidade. Segundo Koch, Bentes e 1 Mestra em Linguística na Universidade Federal do Piauí (UFPI). A intertextualidade quando tomada em sentido amplo, ou seja, para estabelecer qualquer relação de diálogo entre um texto e outro, sem necessariamente haver a materialização do intertexto, classifica-se como sendo intertextualidade lato sensu, enquanto aquela em que o intertexto se materializa no outro texto, é chamada de intertextualidade stricto sensu.
Acontece quando há uma referência explícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextualidade.
A intertextualidade é uma espécie de conversa entre textos; esta interação pode aparecer explicitamente diante do leitor ou estar em uma camada subentendida, nos mais diferentes gêneros textuais. Para compreender a presença deste mecanismo em um texto, é necessário que a pessoa detenha uma experiência de mundo e um nível cultural, significativos.
O intertexto só funciona quando o leitor é capaz de perceber a referência do autor a outras obras ou a fragmentos identificáveis de variados textos. Este recurso assume papéis distintos conforme a contextura na qual é inserido. A pressuposta cultura geral relacionada ao uso deste mecanismo literário deve, portanto, ser dividida entre autores e leitores.
Koch (1998) considera que a intertextualidade em sentido amplo é uma condição necessária para a existência de qualquer discurso. Assim, a autora assume o ponto de vista de Diálogo das Letras, Pau dos Ferros, v. 02, n. 01, jan./jun. 2013. 302 que