interpretação
Do que a terra mais garrida
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores:
“Nossos bosques têm mais vida”
“Nossa vida”, no teu seio, “mais amores”.
(Hino Nacional Brasileiro)
Nossas flores são mais bonitas
Nossas frutas mais gostosas mas custam cem mil réis a dúzia.
(MENDES, Murilo. Canção do exílio.)
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
(DIAS, Gonçalves. Canção do exílio.)
Vejam que nos trechos acima conseguimos reconhecer um texto no outro, em especial reconhecer o texto do Hino Nacional nos dois trechos de poesia. Isso é intertextualidade.
A INTERTEXTUALIDADE DENTRO A MÚSICA
Amor é um fogo que arde sem se ver
Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar-se de contente; é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade.
(Camões)
Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.
(1 CORÍNTIOS 13)
A intertextualidade na música:
Monte Castelo (Legião Urbana)
Ainda que eu falasse a língua do homens.
E falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
É só o amor, é isso o amor.
Que conhece o que é verdade.
O amor é bom, não quer o mal.
Não sente inveja ou se envaidece.
O amor é o fogo que arde sem se ver.
É ferida que dói e não se sente.
É um contentamento descontente.
É dor que desatina sem doer.
Ainda que eu falasse a língua dos homens.
E falasse a língua dos anjos,