Interpretação e superinterpretação
“Um texto é apenas um piquenique, onde o autor entra com as palavras e os leitores com o sentido” (Umberto Eco)
Umberto Eco, nascido em 1932, na Itália, Filósofo formado pela Universidade de Bolonha, também é escritor, lingüista, bibliófilo italiano e Catedrático em Semiótica.
Publicou dezenas de livros importantes em contribuição à critica cultural, como os romances “O nome da rosa” (1980) e “O Pêndulo de Foucault” (1988).
Em 1992, publicou mais uma obra da crítica literária em menção à Conferência e Seminário de Tanner (Cambridge) ocorrido em 1990, que iria refletir sobre o tema “Interpretação e Superinterpretação”. O livro trata sobre a natureza do significado e as possibilidades e limites da interpretação, explora formas de limitar o alcance de interpretações possíveis e de identificar certas leituras como “superinterpretações”.
Eco diz que, podemos reconhecer a superinterpretação de um texto sem necessariamente conseguirmos provar que uma determinada interpretação é a correta, ou nem mesmo aderir à crença de que deve existir uma leitura correta.
Interpretar um texto significa explicar por que essas palavras podem fazer várias coisas através do modo pelo qual são interpretadas.
Diz ainda que, poderíamos objetar que a única alternativa a uma teoria radical da interpretação voltada para o leitor é aquela celebrada pelos que dizem que a única interpretação válida tem por objetivo descobrir a intenção original do autor. “Entre a intenção do autor e a intenção do intérprete, existe uma terceira possibilidade. Existe a intenção do texto”.
“Qualquer forma de pensar sempre é vista como irracional pelo modelo histórico de outra forma de pensar, que vê a si mesmo como racional”
É possível muitas coisas serem verdadeiras ao mesmo tempo, mesmo que se contradigam. Mas, se os livros falam a verdade, mesmo quando se contradizem, então cada uma de suas palavras deve ser uma alusão, uma alegoria. Estão dizendo algo diferente do