Interdisciplinaridade

A interdisciplinaridade ganhou destaque no Brasil com a Lei de Diretrizes e Bases N°5.692/71, se tornando mais presente no meio escolar com a nova LDB n°9.394/96 e com os Parâmetros Curriculares Nacionais. Além de sua grande influência na legislação e nas propostas curriculares, a interdisciplinaridade se tornou cada vez mais presente no discurso e prática dos professores.
Quanto aos Parâmetros Curriculares Nacionais, a interdisciplinaridade está presente a fim de analisar o papel norteador da prática docente exercida na educação básica e o sentido atribuído a ela.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Língua Portuguesa (PCNLP), a interdisciplinaridade está presente quando falamos em temas transversais que seria “uma nova proposta de reorganização dos conhecimentos, mediante necessidades e interesses da atualidade”. Expressam também conceitos e valores básicos à democracia e trazem questões importantes referentes à sociedade contemporânea.
Quando se fala em interdisciplinaridade, os PCNLP destacam as relações existentes entre a Língua Portuguesa e os temas transversais, proporcionando ao aluno “conhecimento linguístico, discursivo e pragmático” e garantindo a ele “liberdade de expressão e a convivência com distintas posições ideológicas”.
Nos Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio (PCNEM), a interdisciplinaridade tem uma “visão instrumental”, ou seja, aborda a necessidade de compreensão de determinados problemas causados pelo próprio objeto de estudo.
A discussão gira em torno do estudo da “língua materna” refletindo no uso da língua no meio social. Enfim, a interdisciplinaridade se torna mediadora de discussões em torno do uso da língua. Os PCNEM apontam, também, a não aceitação da divisão entre três disciplinas: gramática, literatura e redação. Para eles, essas disciplinas pertencem a área de Língua Portuguesa.
A gramática compreende a parte de “compreensão, interpretação e produção de texto”. A literatura integra a leitura. Já a redação se